Entrevista - Médico veterinário alerta sobre cuidados para prevenção da febre maculosa
A doença é causada por bactérias transmitidas ao homem pela picada do carrapato-estrela
Doença endêmica em Minas Gerais, a febre maculosa tem causado preocupação na população, já que seu índice de letalidade é alto. A enfermidade é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida ao homem pela picada do carrapato-estrela. Os dados mais recentes, divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), confirmam 11 casos e quatro óbitos por febre maculosa no estado.
O jornalismo do portal Clube Notícia conversou com o veterinário Dr. Toninho, que deu mais detalhes sobre os hábitos do carrapato transmissor da doença. Confira a entrevista:
Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia dos membros que se inicia nas pernas podendo chegar até os pulmões, causando parada respiratória.
Com a evolução da doença é comum também o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Prevenção
A principal forma de prevenir a febre maculosa é evitar o contato com o carrapato, mais comum no período de seca. Algumas dicas úteis:
- Uso de repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;
- Uso de roupas de cor clara, vestimentas longas e calçados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo);
- Uso de equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos);
- Evitar se sentar e deitar em gramados em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias etc;
- Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais rápido o carrapato for retirado do corpo, menor a chance de infecção;
- Se verificados carrapatos no corpo, retirá-los com leves torções e com o auxílio de pinça, evitando o contato com unhas e o esmagamento do animal;
- Utilização periódica de carrapaticidas em cães, cavalos e bois, conforme recomendações de profissional médico veterinário;
- Limpeza e capina periódica de áreas de vegetação passíveis de cuidados.