Acusado de matar travesti em Patos de Minas é condenado a 16 anos de prisão
O julgamento aconteceu no salão do Júri do Fórum Olympio Borges neta segunda-feira (13)

Daniel Lima da Silveira, acusado de matar Glaudston Henrique Teixeira
Gomes – travesti conhecida pelo nome social “Duda Marins”, foi julgado na tarde
desta segunda-feira (13/02), no salão do Júri do Fórum Olympio Borges, em Patos
de Minas. O crime aconteceu no dia 07 de abril, na Rua Paraíba, no bairro Santa
Luzia.
De acordo com os autos, após receber a informação do crime, a polícia
militar compareceu ao local e deparou com o corpo da vítima com diversos
ferimentos na cabeça e com o objeto usado para praticar o crime debaixo das
pernas.
O tio do acusado relatou que no dia do crime, ele foi até sua casa muito
exaltado falando a seguinte frase “fiz uma besteira, acabei com a minha vida,
matei uma pessoa”, depois saiu correndo deixando para trás um aparelho celular.
Ele contou ainda que, no dia anterior, viu o acusado que estava em companhia de
um homem, de uma mulher e da vítima “Duda Marins” utilizando drogas.
Após alguns dias, ainda foragido, o suspeito enviou alguns áudios para o
delegado responsável pelo inquérito, confessando o crime e alegando que ele, a
vítima e mais duas pessoas fizeram uso de drogas e que depois foram para a casa
da vítima. Na residência eles continuaram fazendo uso de drogas e, em
determinado momento, se desentenderam. Com isso, o acusado se armou com uma ferramenta
conhecida como “picola” e desferiu diversos golpes na cabeça da vítima, fugindo
em seguida.
Ainda nos áudios, o acusado falou que após o crime pegou a chave da casa
que estava na bolsa da vítima e o celular, pois iria ligar para a polícia. Mas acabou
mudando de ideia e foi até a casa do tio pedir dinheiro emprestado, deixando o
celular da vítima com o familiar.
Ainda de acordo com os autos, o telefone deixado na casa não pertencia a
Duda Marins, e sim a outro homem que estava na casa onde ocorreu o crime.
Já no dia 05 de maio de 2022, o acusado foi preso na capital mineira
através de um mandado de prisão preventiva.
Após algumas horas de julgamento, Daniel Lima da Silveira, foi condenado
a 16 anos de prisão no regime fechado por homicídio com duas qualificadoras,
motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O defensor Público Valner Dias falou sobre o julgamento: