Agricultor do Centro-Oeste mineiro se destaca na bananicultura
Baixa concorrência e a dedicação colaboram para o crescimento do produtor

Mudanças, dificuldades e persistência marcam a
trajetória do agricultor Alisson Lima Silva. A história dele no meio rural
começou na adolescência, quando ajudava o pai a cuidar da pequena produção de
leite, na fazenda Mata Dentro, em Igaratinga, Centro-Oeste de Minas.
Em busca de novas experiências, mudou-se para a cidade para trabalhar em uma
empresa de transporte de eucalipto, onde ficou por 12 anos. Ao fazer uma
entrega, encontrou a oportunidade de voltar para o campo.
"Um cliente falou que tinha plantação de bananas e isso me interessou. Fiz
pesquisas sobre o assunto, procurei produtores de mudas e também a Emater-MG.
Voltei para a fazenda do meu pai, em 2019, dando início a atividade com quatro
mil pés de banana, vi que tinha mercado e plantei mais", lembra o
produtor.
Ele conta que as maiores dificuldades foram na área financeira e a falta de mão
de obra, mas mesmo assim não desistiu e atualmente já são mais de 21 mil mudas,
sendo dez hectares de banana-prata e três hectares de nanica.
O extensionista da Emater-MG, João Paulo Castro Monteiro, ressalta que o
crescimento do bananicultor é fruto da persistência. "Tenho acompanhado o
trabalho dele e observo que o Alisson tem muita motivação para vencer, muito
dedicado, cuida de tudo praticamente sozinho."
A baixa concorrência na região colabora para a alta demanda. A maior parte da
produção é comercializada para o Programa Nacional Alimentação Escolar (Pnae),
por meio da Cooperativa dos Produtores da Agricultura Familiar de Divinópolis
(Cooprafad). O restante é vendido em comércio local.
Manejo
Segundo João Paulo, o investimento financeiro para implantar a bananicultura
não é barato, o retorno é obtido entre um a dois anos após o início do cultivo.
"Para uma alta produção é necessário realizar o plantio com espaçamento
correto e comprar mudas de laboratórios idôneos. A adubação depende da
quantidade da produção. É importante também fazer anualmente a análise do solo
e foliar, além do monitoramento para evitar pragas como a sigatoka amarela e o
moleque da bananeira", explica o extensionista.
A irrigação também merece cuidados especiais. Os métodos por gotejamento ou
microaspersão são os mais indicados, pois o excesso de água pode prejudicar as
lavouras.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Emater-MG