Aluna e mãe agridem professora após proibição de celular em escola de Minas Gerais
As duas foram chamadas pela direção da escola para uma reunião e teriam se exaltado e avançado na educadora. Caso aconteceu em Divinópolis

Uma aluna e a mãe dela agrediram uma professora da
Escola Estadual Ilídio da Costa Pereira, em Divinópolis, no Centro-Oeste
mineiro. A agressão ocorreu após a educadora repreender a adolescente de 13
anos pelo uso do celular em sala de aula. O caso ocorreu na última terça-feira
(6/5), mas ganhou repercussão nesta quinta-feira (8/5).
Segundo a Polícia Militar (PM), a estudante insistia
em utilizar o aparelho durante a aula, desrespeitando a lei 15.100/25 em vigor,
que proíbe celulares em ambientes escolares. Diante da recusa em obedecer, a
professora comunicou a direção da escola, que convocou a mãe da adolescente
para uma reunião.
No entanto, o encontro entre a família e a equipe
escolar terminou em violência. De acordo com a PM, a mãe da aluna se exaltou,
bateu na mesa e começou a gritar, enquanto a adolescente partiu para cima da
professora, arranhando-a no pescoço e no rosto.
A escola acionou imediatamente a Polícia Militar, que
levou mãe e filha até a delegacia. A educadora, bastante abalada com o
episódio, realizou exame de corpo de delito e registrou ocorrência por lesão
corporal leve.
Aluna será transferida de escola
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais (SEE/MG) informou que a direção da escola seguiu todos os protocolos
previstos para situações de violência. O Núcleo de Acolhimento Educacional
(NAE), composto por psicólogo e assistente social, foi acionado para oferecer
suporte à professora e conduzir ações pedagógicas com foco em convivência
respeitosa e comunicação não-violenta.
Além disso, a SEE/MG determinou a transferência da
estudante para outra unidade da rede estadual e encaminhou o caso ao Conselho
Tutelar de Divinópolis para acompanhamento e providências.
A Secretaria reafirmou o compromisso com a promoção da
paz nas escolas, destacando programas como o de Convivência Democrática, que
busca prevenir e enfrentar a violência no ambiente educacional. A pasta também
repudiou qualquer forma de agressão contra profissionais da educação e reforçou
que a escola deve ser sempre um "espaço seguro, de respeito e aprendizado
para todos".
Por Amanda Quintiliano especial para o EM/ Fonte: UAI