Após mulher confessar assassinato em Patos de Minas ela volta atrás e entrega o verdadeiro assassino
O crime foi praticado contra um idoso de 62 anos no Bairro Alto da Serra

A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva expedido para
Gustavo Gaya Souza de 18 anos, indiciado por homicídio contra a vítima Antônio
Donizete Ferreira de 62 anos. Crime ocorrido na Rua Geraldo Luiz da Mota, no
Bairro Alto da Serra, no dia 19 de agosto de 2019. Diante do delegado, Gustavo
confessou o crime.
No dia do homicídio foi feito a prisão em flagrante de Gustavo e sua
companheira Ludmyla Lane Santos Gonçalves, de 22 anos. No dia que foi presa, a
jovem confessou ser a executora dos disparos sem a participação de Gustavo.
Diante desse cenário, os dois tiveram a prisão em flagrante ratificada
pela autoridade policial, sendo encaminhados para o presídio local. Entretanto,
após alguns dias, os indivíduos ganharam a liberdade, sendo a Ludmyla decretada
sua prisão domiciliar e Gustavo liberado por ausência de provas.
Ocorre que desde a data dos fatos, a confissão solitária de Ludmyla não
convenceu a equipe da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa, motivo pelo qual foi
feito uma análise detalhada do caso com fins de apurar se realmente essa era a
versão dos fatos. Com a investigação levantada pelos Investigadores de Polícia
pode ser levantado indícios suficientes de que realmente o autor dos disparos
havia sido Gustavo.
Com tais informações, Ludmyla foi novamente ouvida, quando em novo
depoimento confirmou que não teria sido a executora dos disparos, mas, na
verdade, teria sido seu companheiro Gustavo.
Em poder dos indícios e depoimentos contidos no inquérito policial, esta
autoridade policial representou pela prisão preventiva de Gustavo., o que foi
expedido pelo Poder Judiciário. Ao ser preso, Gustavo realmente confessou a
autoria do crime, alegando que teria agido sozinho e sem nenhuma participação
de Ludmyla.
A motivação apresentada por ambos os investigados foi a de que a vítima
teria cometido um abuso sexual contra a filha de Ludmyla, inclusive, a deixando
machucada nas pernas. Ao ser feito exame de corpo delito, o machucado realmente
foi encontrado na criança. Entretanto, a hipótese de abuso sexual segue em
investigação e não existem elementos para confirmar ou refutar essa tese.
Dessa forma, Gustavo foi encaminhado ao Presídio Sebastião Satiro e
aguarda o andamento do caso preso preventivamente à disposição do Poder
Judiciário. A Polícia Civil agradece o apoio da sociedade de Patos de Minas
pelo apoio na investigação deste caso, o que possibilitou essa reviravolta e a
descoberta da verdadeira versão dos fatos.
Fonte: Igor Nunes/fotos: Toninho Cury