Carmo do Paranaíba – Apesar dos boatos, Secretaria de Saúde não confirma caso de varíola dos macacos no município

Notícias | Saúde

11 Agosto, 2022

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Carmo do Paranaíba – Apesar dos boatos, Secretaria de Saúde não confirma caso de varíola dos macacos no município


Apesar dos boatos nos últimos dias em Carmo do Paranaíba sobre um caso de varíola dos macacos, a Secretaria de Saúde informou que notificou um caso suspeito, mas ainda não confirmou o resultado.

De acordo com a Coordenadora de Epidemiologia do município, Daiane Brandão, uma criança teria apresentado lesões pelo corpo no dia 15 de julho e só no sábado passado teria procurado atendimento médico. “Essas lesões já estão em processo de cicatrização e a criança não se deslocou para nenhuma outra cidade nem teve contato com alguém doente”, informou.

Ainda de acordo com a coordenadora, a suspeita da doença foi considerada apenas porque se enquadrava no protocolo seguido pela secretaria e o material foi colhido. “O resultado deve sair no final da semana que vem embora seja pouco provável a confirmação da doença já que a criança não apresentou nenhum outro sintoma”, afirmou.

Minas Gerais está investigando 291 casos suspeitos de varíola dos macacos – Monkeypox -, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) divulgados na tarde de sexta-feira (5). Além disso, o número de confirmações passou de 75 para 81 e o de prováveis permaneceu em dois. Todos os pacientes realizaram exames laboratoriais na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

A doença

A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, segundo a OMS esclareceu, a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e cão-da-pradaria.

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ??ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Sintomas:

A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.

Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

Vacinas – A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos, mas a OMS explicou que pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.

A agência trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola para ver se precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

Fontes:

Instituto Butantan
Organização das Nações Unidas (ONU) – Escritório Brasil
ONU News

Vanderlei Gontijo

vanderlei@patos1.com.br




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