Patos de Minas: SAMU transfere paciente de 47 anos com COVID-19 para o Hospital Regional Antônio Dias
Enquanto o paciente chegava uma equipe funerária retirava corpo de vítima que morreu com a doença no local

A equipe do SAMU, comandada pela médica Priscilla de Paula, realizou na
manhã desta sexta-feira (26/06) uma transferência de um paciente diagnosticado
com COVID-19 que estava internado na Unidade de Pronto-Atendimento – UPA porte
III e foi para UTI do Hospital Regional Antônio Dias. Minutos antes da
ambulância do SAMU chegar ao hospital, uma equipe funerária deixou o local com
outro paciente que morreu no leito de UTI, também diagnosticado com a doença.
O morador da comunidade rural de Porto das Posses estava internado na
UPA há três dias, quando ele e familiares passaram a apresentar sintomas da
doença. A esposa dele, de 54 anos, também está internada na UPA, porém com
quadro de saúde mais leve que o marido. A mãe e o irmão estão internados na UTI
de um hospital particular, também em estado grave.
A enteada dele, Cíntia Paula, conversou com a imprensa. Ela disse que
não sabe como os familiares contraíram a doença, já que eles moram numa
comunidade rural e não participaram de nenhuma festividade ou algo que gere
aglomeração. O teste rápido deu positivo, porém ainda aguardam o resultado de
outro teste.
Cintia agradeceu ao médico Guilherme que atendeu o pai dela na UPA. Ela
contou ainda que desde o dia que ele internou, ela não conseguiu poder
visitá-lo, muito menos chegar perto dele. Durante a transferência, ela pode
vê-lo chegar ao hospital, mas apenas de longe. Cíntia faz apelo para as pessoas
se prevenirem. “Você vê uma pessoa entre a vida a morte e não ter leito, é
muito triste”.
A médica do SAMU, Priscilla de Paula ressaltou os cuidados para realizar
uma transferência de paciente diagnosticado com COVID-19. Além dos socorristas
usarem uma roupa especial, há também uma ambulância exclusiva para ser usada em
transferências estes pacientes. “Após a utilização da ambulância, a gente faz a
desinfecção dela”, explicou.
Priscila clama para que as pessoas respeitem o isolamento social.
“Muitos pensam que a doença não existe, que é somente uma invenção da mídia ou
algo político, mas não. A doença existe sim, ela está aqui e está
matando... Então vamos nos cuidar.”, finalizou.
Texto: Igor Nunes