Registrada a primeira agroindústria de Queijo Minas Artesanal de Perdizes
Produtor contou com assistência da Emater-MG durante todo o processo de habilitação

O produtor de Queijo Minas Artesanal, Caio César
Sanson Miguel, do município de Perdizes, região de Araxá, acaba de ganhar um
novo impulso em sua atividade. Responsável pela queijaria Santo Pingo, ele
tornou-se o primeiro produtor do município a obter a habilitação sanitária de
seu estabelecimento junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Além do
registro, a queijaria obteve também a concessão do Selo Arte que permite a
comercialização em todo o país.
Durante todo o processo de habilitação, concluído em abril, o produtor recebeu
assistência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais
(Emater-MG). A extensionista agropecuária Aline Borges Torino, responsável pelo
escritório local da empresa em Perdizes, explica que a história do Caio César
começou há três anos, quando ele chegou ao município para assumir a propriedade
rural, por meio da sucessão familiar.
"Os primeiros passos foram as informações sobre o crédito rural para
ajudar na estruturação inicial da pecuária leiteira. Fico muito feliz porque
todo produtor, quando vai iniciar uma atividade, procura o escritório local.
Isso demonstra a referência e a credibilidade que a empresa tem", conta a
técnica.
A produção começou em 2023, apenas para o consumo da família. Mas, com os
elogios recebidos de pessoas próximas sobre a qualidade do queijo, o produtor
decidiu se especializar na área, com suporte da Emater-MG. A partir daí,
foi iniciado o processo de assistência técnica direcionada para queijos, apoio
à rotulagem, adequação do local onde funcionaria a agroindústria e a
capacitação em boas práticas de ordenha e de fabricação do Queijo Minas
Artesanal. Hoje, o estabelecimento tem capacidade de produção de 20 peças de
queijo por dia.
Para o produtor Caio César, ter o estabelecimento registrado foi a superação de
um desafio. "Quando me entusiasmei com a arte do queijo, a vontade era
fazer um produto que pudesse ser apreciado por qualquer pessoa. Hoje, isso será
possível, pois temos um produto com segurança alimentar, cuidando do meio
ambiente, com colaboradores treinados e instalações com padrões de excelência.
Sem a extensão rural, não seria possível", comemora.
Suporte
O registro da queijaria Santo Pingo coroa o trabalho da Rede de Assistência
Técnica e Extensão Rural em Queijos Artesanais, formada por técnicos da
Emater-MG que desenvolvem um trabalho exclusivo com os produtores.
Segundo a extensionista Lilian Cristina Andrade de Araújo, que faz parte da
equipe, com o recente reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas
Artesanal como patrimônio cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, cada
nova queijaria registrada representa a preservação deste patrimônio no estado.
"Nós, da Emater-MG, ficamos orgulhosos em participar deste processo e
crescimento do produtor em diversos aspectos, permitindo a agregação de valor
ao seu produto", afirma
A Rede esteve presente nas diversas etapas de orientação técnica na propriedade
e de todo o processo de habilitação sanitária, com a aprovação do projeto de
construção da queijaria, além de suporte no processo da rotulagem do queijo e
confecção junto ao produtor de procedimentos operacionais padrão e de
mecanismos de rastreabilidade do produto. De acordo com o Decreto n.º48024,
considera-se como Queijo Artesanal, os queijos feitos com leite integral fresco
e cru e com características de identidade e qualidade específicas.
Assessoria de Comunicação – Emater-MG