Sociedade Lagaoense prestigia o lançamento do livro “Fagulhas de Histórias não Contadas” do professor e escritor Célio Fonseca

A sociedade Lagoense participou na noite desta Quarta-Feira (30/09,) da cerimônia de lançamento do livro “Fagulhas de Histórias não Contadas” do professor e escritor Célio Moreira da Fonseca. O evento aconteceu na sede social do Salão Paroquial, na Rua Tenente Francisco Sebastião, e contou com a presença de convidados especiais, autoridades civis e militares, admiradores e familiares do professor. Após a abertura da solenidade que aconteceu às 20h00, o escritor participou da noite de autógrafos. Em conversa com a reportagem do portal de notícias Patos 1, o autor contou que suas obras são todas voltadas para a história antiga, aos contos e causos que são passados para várias gerações. Ele relata que a linguagem da obra é de fácil entendimento de todos os leitores e que seu compromisso com o público é livre e espontâneo. O escritor disse que o livro “Fagulhas de Histórias não Contadas” narram fatos interessantes que fazem ou fizeram parte da vida dos cidadãos mais antigos que agradam tanto a crianças como adultos. Ele ressalta que o livro pode agradar a todos os leitores por possuir fatos relatados por pessoas que vivem ou viveram na região de Lagoa Formosa e Alto Paranaíba.
O escritor disse que sempre teve sua vida ligada à arte e à cultura. Já nos primeiros anos de escolarização, foi destaque no então Grupo Escolar Coronel Cristiano, onde cursou as séries iniciais, recitando poesias infantis de autores famosos e textos próprios, por ocasião das comemorações cívicas do calendário escolar. Cursando o Ginásio Nossa Senhora da Piedade, descobriu a aptidão pelo desenho. Foi como estudante desse educandário que fez os primeiros traços artísticos. Neste particular, Célio desenhou vários quadros que pertencem à sua galeria pessoal, explorando o abstrato como motivação maior de sua arte. Tempos mais tarde, resolveu explorar a técnica óleo sobre tela, pintando alguns quadros de raro bom gosto. Nota-se claramente que sua arte enfoca a criatividade, aliada à habilidade de combinação e cores e domínio do pincel.
Foi, contudo, na literatura que o autor Célio Fonseca conseguiu marcar a sua grande criatividade. Já na década de 70, estreou como ator protagonizando espetáculos diversos. Naquele tempo, nascia o teatro do Grupo Pai, sob a direção de uma freira franciscana, que residiu em Lagoa Formosa. Mas devido aos compromissos com a sua congregação, ela teve que transferir residência para outra localidade, deixando para Célio a responsabilidade de dirigir os espetáculos teatrais que acontecem até os dias de atuais. Na nova função de diretor, Célio fez um estudo sobre o gênero literário mais apreciado pelo público lagoense e iniciou uma série de montagens que sempre fez muito sucesso. Foi então que ele escreveu o seu primeiro texto a ser encenado pelo grupo. E desde então, anualmente, monta com o grupo um espetáculo enfocando o cotidiano da vida simples das famílias do interior.
Como repórter da rádio princesa de Lagoa Formosa, o professor e escritor, tomou gosto pela história de sua terra, dado aos acontecimentos sempre muito interessantes descritos pelos moradores de diversos setores do município. Com isso, escreveu seu primeiro livro sobre a história da formação de Lagoa Formosa, intitulado “Das histórias de colo ao canto da alma”. Essa obra é baseada em dados documentados ou transmitidos oralmente de geração em geração. As obras escritas pelo professor "Célio Fonseca" foram adotadas pelas escolas municipais de Lagoa Formosa como fonte de pesquisas para disciplinas relacionadas com os estudos históricos da cidade, além de terem caído no gosto popular dos leitores. Seu terceiro também segue a mesma linha literária e de acordo com especialistas na área da educação também será de grande importância no auxílio ao aprendizado sobre a cidade e região.
Durante a pesquisa para esse primeiro livro, Célio foi chamado a atenção à respeito de alguns possíveis sítios arqueológicos localizados dentro dos limites municipais. Os utensílios recolhidos pelos moradores das diversas localidades motivou a descoberta da existência de uma civilização antiga, pré-colonização, evidenciada nas marcas deixadas por muitos lugares. Interessado nisso, mesmo sendo leigo no assunto, mapeou as localidades possíveis por onde passara tais selvagens nômades. Com esses dados associados à informações de antigos moradores, compôs sua segunda obra, “Saga na terra do sol”, narrando uma possível aventura dos primeiros moradores do município que fugiram da região assustados com a presença dos primeiros colonizadores.
O autor é um eloquente orador, de verbalização fácil e de recursos raros para motivação de seu público e de ênfase aos objetivos de sua fala. Com ele a oratória parece fácil. Os seus pronunciamentos são como cornucópias mágicas de onde brotam palavras e expressões belíssimas, sem fazê-lo perder a linha de pensamento proposta em cada ocasião. Célio pode ser definido como um artista na composição dos textos. Ele parece brincar com as palavras que, na sua obra, toma realce e beleza estética, enfatizando o seu pensamento habilmente colocado nesse conchavo de palavras. É impressionante sua capacidade de descrição de ambientes e de situações que, sob leitura cadenciada, nos leva a tornar-nos personagens da sua história.Todas essas características podem ser apreciadas nesta obra que enfoca partes de fatos acontecidos antigamente em Lagoa Formosa, sintetizando uma história que não foi contada a muitos.
Fonte: Biografia do autor/Matéria:Vanderlei Gontijo/Vídeo/Sonia Reis/Edição:Chrís Vieira
Fonte: Vanderlei Gontijo