Trabalhadores em situação de escravidão são resgatados em Abadia dos Dourados
O empregador teria buscado pessoas em municípios da região, como Patos de Minas
Um grupo de 12 pessoas, uma mulher e 11 homens, que trabalhavam em
situação análoga à escravidão, foi resgatado durante mais uma operação
realizada pelo Grupo Móvel de Combate ao trabalho escravo, desta vez no
município de Abadia dos Dourados, no Triângulo Mineiro. A força tarefa atuou no
período de 12 a 16 de abril.
“Aliciados para o trabalho na produção de carvão, os 12 trabalhadores
estavam com salários retidos e submetidos a condições degradantes pela ausência
de sanitários e de local para refeições na frente de trabalho, ausência de cama
para dormir, fogão à lenha para cozinhar as refeições”, descrevem os
integrantes do Grupo Móvel.
O empregador recrutou informalmente os trabalhadores em pequenas cidades
do interior de Minas Gerais, inclusive Patos de Minas, o que caracteriza o
aliciamento, já que a contratação formal exige a emissão de Certidão
Declaratória de Transporte de Trabalhadores, documento que resguarda os
direitos relativos à locomoção para prestação de serviços em outras
localidades, explicam os auditores fiscais Marcio Leitão e Lucia Villela.
Durante a operação, os trabalhadores receberam todas as verbas
rescisórias e o empregador assinou um termo de ajustamento de conduta, por meio
do qual se comprometeu a pagar uma indenização a título de dano moral
individual a cada trabalhador, no valor de R$ 1.100,00?, relata a procuradora
do MPT Tathiane Nascimento.
O Grupo Móvel do Combate ao Trabalho Escravo é integrado por auditores
fiscais do Trabalho, procuradores do Trabalho, agentes das Polícias Federal e
Rodoviária Federal.
Redação: Juliano
Resende / Módulo FM