Operação da PC indicia 65 pessoas por organização criminosa em crimes diversos em Carmo do Paranaíba

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da 5ª Delegacia
de Polícia Civil de Carmo do Paranaíba, indiciou 65pessoas por integrar
organização criminosa, dentre outros crimes.
A operação denominada “Sem Maldade”, em sua segunda fase, teve
início no ano de 2016, onde as investigações visavam apurar a entrada de drogas
e aparelhos celulares no Complexo Penitenciário Nossa Senhora do Carmo.
No curso das investigações, foi apurado que algumas professoras e
agentes penitenciários que trabalhavam no local, se valiam da facilidade de
ingressarem no presídio, para levar objetos ilícitos para alguns presos, sem
serem percebidos.
O esquema era chefiado por três detentos, os quais aliciavam
servidores públicos estaduais, oferecendo quantia em dinheiro para levarem
produtos ilícitos para serem comercializados no local.
Os destinatários eram alguns presos que frequentavam as aulas da
escola que tem dentro do presídio, os quais pegavam os objetos durante as aulas
e distribuíam para os demais detentos. Cada aparelho celular chegava a ser
vendido pelo valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), e cinquenta gramas de
maconha chegava a valer R$1.000,00 (mil reais).
Durante as investigações, uma professora foi presa em flagrante
delito pela polícia civil, ao adentrar na penitenciária com 13(treze) aparelhos
celulares, maconha e crack, objetos que ela armazenava em um fundo falso de um
capacete.
A cada serviço prestado, as professoras e os agentes, recebiam
cerca de R$1.000,00. Familiares dos detentos também atuavam na pratica de
crimes, sendo eles orientados por uma agente penitenciária como passarem sem
serem notados pelo raio-X, e algumas vezes passavam pela mesma servidora, a
qual fazia vista grossa, deixando os visitantes entrarem com drogas e
celulares.
A mãe de um detento chegou a ser presa em flagrante, tentando
entrar na penitenciária com maconha. Durante buscas em sua residência, foram
encontrados vários comprovantes de depósitos bancários.
A segunda fase da operação foi concluída e será enviada ao
Judiciário para apreciação e demais providências. Ao todo, as penas poderão
chegar a mais de 800 anos de prisão, somando-se todos os envolvidos.
A Polícia Civil ressalta a importância da população no combate ao
crime, e pede aos cidadãos que denuncie através dos telefones 181 ou (34)
3851-2070 e através do WhatsApp da Delegacia 3851-2070, o sigilo é garantido.